Estudo aponta bom momento para investir em startups

Ativos a preços mais realistas, mão de obra qualificada mais barata e menor competição entre os investidores são pontos de destaque nas startups

Desde o ano passado, as startups do mundo inteiro enfrentam uma escassez de recursos provocada pelo ciclo de alta de juros. No Brasil, os aportes dos fundos de capitais caíram 54,8% em 2022 em relação a 2021, segundo dados da plataforma de tecnologias Distrito. No primeiro semestre deste ano, o ecossistema viu os recursos minguarem ainda mais: uma queda de 73,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. Entretanto, esse cenário adverso e a contínua demanda por tecnologias emergentes abriram uma porta com oportunidades de investimento.

O relatório “Inside Venture Capital” do Distrito, mostra que este é o momento ideal para os investidores que buscam alocar capital em empresas de tecnologia no ambiente de inovação. “Estamos passando por um momento raro em qualquer mercado, com ativos a preços mais realistas, mão de obra qualificada mais barata para crescer os negócios e menor competição entre os investidores”, explica Gustavo Gierun, CEO e cofundador do Distrito. A plataforma nota que “historicamente os melhores retornos vêm de teses de investimentos anticíclicas”. Isto é, investimentos realizados em períodos em que o mercado está mais “indigesto”, como o atual.

O chamado inverno das startups afastou muitos investidores deste mercado, impactando os valuations (avaliação das empresas) desses ativos. Em 2021, ano marcado pelo investimento recorde de US$ 9,8 bilhões no segmento de startups, o Brasil contou com 577 investidores distintos fazendo novos aportes. No ano seguinte, quando o volume de recursos caiu pela metade, o número de investidores ficou em 501. No primeiro semestre deste ano, foram 172. “Essa redução, além de gerar melhores condições de negociação, oferece também a oportunidade de os Venture Capitalists experientes assumirem a centralidade do ecossistema de investimento em startups no cenário nacional”, de acordo com o relatório.

Se de um lado houve uma queda no preço dos ativos, do outro aconteceu uma “seleção natural” das startups, mantendo-se no mercado as empresas que conseguiram se ajustar aos novos tempos. Assim, a qualidade das possíveis investidas é hoje muito melhor do que a dos tempos de intensa atividade do mercado. Além disso, hoje possuem métricas mais robustas e realistas. O momento ideal para investir também passa pela mão de obra tech, uma das maiores dores do ambiente de inovação.

Dados do site Layoffs, especializado em desligamentos, mostram que as demissões em massa alcançaram um pico nos primeiros meses deste ano. Apenas em janeiro, quase 90 mil pessoas foram demitidas por empresas tech no mundo inteiro. “Temos ainda um fator econômico importante. Embora as economias desenvolvidas estejam ainda longe de encerrar o ciclo de aperto monetário, em alguns mercados, como o brasileiro e o chileno, os juros já começaram a cair. É muito melhor se posicionar agora, porque esse processo de afrouxamento pode elevar os preços dos ativos”, explica Gierun.

O relatório do Distrito aponta ainda que passamos por um intenso momento de renovação tecnológica. Com isso, a demanda por soluções criadas pelas startups tende a continuar elevada, principalmente as de estágio inicial.

Com informações de Mercado&Tech
Imagem: Shutterstock

Redação

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